Mapeamento Cerebral Revela Disfunção Profunda em Pacientes em Coma


O primeiro mapeamento detalhado da rede neural funcional de pacientes em coma revelou uma disfunção de córtex ampla e persistente. Estas são as principais descobertas de uma equipe de pesquisadores da Universidade de Baylor, nos Estados Unidos, publicadas na revista Annals of Neurology.


O estudo investigou o declínio funcional em áreas específicas do cérebro, procurando esclarecer, através de um exame conhecido como ressonância magnética funcional, como esses declínios estão conectados ao coma. Descobriu-se que áreas do cérebro responsáveis ​​por funções básicas, como o despertar e a consciência, mostraram sinais significativos de disfunção.


Espera-se que essas descobertas sejam um passo importante para entender exatamente o que acontece no cérebro de uma pessoa em coma e possam fornecer informações valiosas para melhorar os cuidados e o prognóstico desses pacientes.


A equipe focou seu olhar na rede de modo padrão (DMN), um grupo de regiões do cérebro que trabalham em uníssono e são responsáveis ​​por várias funções cerebrais de alto nível, incluindo a autoconsciência. Estudos anteriores já haviam sugerido que a DMN poderia ser impactada em pacientes em coma, mas pesquisadores da Baylor foram os primeiros a confirmar uma perturbação significativa nesta rede.


Ao examinar os cérebros de 26 pacientes em coma, os pesquisadores descobriram que a disfunção foi observada não apenas na DMN, mas também em outras redes cerebrais que são ativas mesmo quando o cérebro está em repouso.


A equipe de pesquisa também sugeriu que essas descobertas podem ter implicações no futuro no diagnóstico e tratamento de várias condições neurológicas, incluindo distúrbios do despertar e da consciência, tais como o estado vegetativo e o estado de mínima consciência.


Essa pesquisa abre caminho para melhorar a compreensão da relação entre várias redes cerebrais e suas funções associadas. Essa compreensão pode ser valiosa para aprimorar os esforços de recuperação e reabilitação para pacientes que sofreram lesões cerebrais severas.


Além disso, o estudo também levantou a questão de por que certas áreas do cérebro parecem ser mais resistentes à disfunção que outras. Esta é uma área que precisa ser explorada em futuras pesquisas.


Em conclusão, essa descoberta traz novas esperanças e possibilidades para o tratamento de pacientes em coma, permitindo que os profissionais de saúde entendam melhor o que acontece no cérebro durante um coma, o que pode melhorar o prognóstico e os cuidados para esses pacientes no futuro. A equipe de pesquisa de Baylor tem planos para realizar mais estudos nesta área.

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