Estresse a Longo Prazo Leva ao Aumento do Câncer de Mama e aos Transtornos da Medula Espinhal

 

Um estudo realizado recentemente mostrou que as pessoas que experimentam níveis significativos de estresse a longo prazo podem vir a ter um alto risco de desenvolver câncer de mama e doenças da medula espinhal. 

 Pesquisadores britânicos e suecos apontaram para o fato de que o corpo produz hormônios do estresse que têm o potencial de influenciar o comportamento das células, que consequentemente podem se tornar cancerígenas. O trabalho é uma ramificação de estudos precedentes no campo da medicina que demonstram que o estresse psicossocial tem um impacto significativo sobre a saúde humana. 

 O estudo, realizado por um grupo de pesquisadores internacionais, analisou como a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, afeta a maneira pela qual as células se comportam. Eles descobriram que altos níveis desses hormônios podem influenciar diretamente as células cancerígenas, fazendo com que elas se reproduzam em um ritmo acelerado. 

 Os pesquisadores também acreditam que o estresse crônico pode levar a distúrbios da medula espinhal devido à maneira como esses hormônios do estresse afetam os neurônios e as células gliais. As células gliais desempenham um papel crucial no funcionamento do sistema nervoso central, e sua alteração pode causar uma série de problemas, incluindo a esclerose múltipla. “A razão pela qual o estresse a longo prazo é tão prejudicial para o corpo humano é em grande parte devido ao efeito do cortisol”, disse o Dr. Owen Peters, um dos autores do estudo. “O cortisol é frequentemente referido como o hormônio do estresse e, quando em excesso, tem a capacidade de alterar a forma como as células do corpo se comportam.”

 Os pesquisadores fizeram uso de um complexo sistema de modelagem em 3D no estudo para permitir uma melhor compreensão de como as células do corpo reagem aos hormônios do estresse. Eles acreditam que seu trabalho pode eventualmente levar a tratamentos mais eficazes para câncer de mama e esclerose múltipla. 

 Os autores do estudo também explicaram que as descobertas específicas de sua pesquisa podem ser aplicadas para entender como o bloqueio dos hormônios do estresse pode ajudar a tratar algumas condições. Eles acreditam que essa informação poderia levar ao desenvolvimento de drogas que podem bloquear os efeitos do cortisol e outros hormônios do estresse. 

 Os pesquisadores concluíram que mais trabalho é necessário para explorar ainda mais como os hormônios do estresse influenciam o corpo, e esperam que estudos futuros possam expandir suas descobertas atuais para uma melhor compreensão da ligação entre o estresse e o câncer.

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